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A Crueldade da Internet

  A internet dá uma coragem que jamais existiria na vida real. A coragem apenas não basta: vem com a…

terça-feira, set 1, 2015

 

A internet dá uma coragem que jamais existiria na vida real. A coragem apenas não basta: vem com a infelicidade e o gosto de julgar alguém. Será que você é tão honesto e correto que não poderia apontar esse dedo perfeitamente para você mesmo? Aposto que sim, não apenas um, mas os dez.

INTERNET

Cobramos das meninas bombadas no Instagram que elas não tenham nenhuma estria e ao mesmo tempo ficamos tristes porque elas mostram algo, que talvez, não tenhamos a mesma persistência para conseguir.

Ficamos tristes porque a menina X ostenta tudo que tem de melhor, e ainda, abrimos a boca para falar o quanto isso é fútil, enquanto criamos dívidas para comprar aquele vestido da hora que ela usou na última foto.

Abrimos a boca para contar aos nossos amigos a fofoca do momento e apontamos o dedo para todos os lados, sem lembrar como seria se estivéssemos na mesma situação. E ah, com certeza agiríamos da forma mais correta que poderia existir, claro, isso no nosso mundo da imaginação.

Agitamos as noites procurando perfis para ver quais são as novidades e listamos os defeitos encontrados numa foto para vomitá-los nos comentários, afinal, estamos na internet e nunca teríamos cacife para falar algo assim pessoalmente.

O dia de trabalho foi muito ruim e não conseguimos pagar a mensalidade da casa, então decidimos por si só que ninguém que trabalha online faz algo de útil, mesmo aprendendo todos os dias com essas mesmas pessoas que estamos julgando, afinal, elas não enfrentam o nosso suado trabalho diariamente e isso sim é ser alguém na vida. Claro, isso ainda no nosso mundo e descontamos aliviados todo o nosso stress diário.

Porque afinal, elas do mundo “internético” não podem errar porque elas não são iguais a nós, não sofrem como sofremos e nem passam pelo o que eu passamos. Elas apenas existem e jogam conteúdos para nos inspirar sem o menor esforço, e usamos todos, mesmo esquecendo depois.

Somos tão perfeitos, trabalhadores, ocupados que ao invés de ficarmos resolvendo todos os nossos problemas pessoais que nos deixam infelizes, resolvemos investir o nosso precioso tempo julgando outras pessoas sem ao menos conhecê-las. Sim, somos tão surreais que acreditarmos TER esse direito.

E muito mais fácil descontar a culpa de uma vida vazia em alguém do que lutar para conseguir conquistar o que sonha ou até mesmo apenas pagar a mensalidade atrasada.

Repasse conteúdo no lugar de ódio.

– Rah Saldanha –

 

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